Entenda como o Exercício Físico pode beneficiar o portador da Doença de Alzheimer!!

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No artigo anterior, falamos dos cuidados para o idoso portador da doença iniciar um programa de Exercícios Físicos. Neste, abordaremos os efeitos fisiológicos.
Inúmeros estudos mostram os benefícios do exercício físico na função cognitiva, que está relacionada aos processos de informação (percepção, aprendizagem, memória, atenção, vigilância, raciocínio e solução de problemas).
 A neuropatologia da Doença de Alzheimer caracteriza-se por dois mecanismos que determinam a morte neuronal: formação de placas amilóides externas aos neurônios e hiperfosforilação da proteína tau, que leva à formação de emaranhados neurofibrilares dentro dos neurônios. Estes mecanismos determinam o processo de atrofia cerebral.
Dessa forma acredita-se que o exercício físico pode aumentar o fluxo sanguíneo do cérebro e, conseqüentemente, de oxigênio e outros substratos energéticos, proporcionando assim a melhora da função cognitiva e menor possibilidade de deposição de proteínas que prejudicarão o funcionamento cognitivo.
A atividade física regular também influencia a plasticidade cerebral. Estudos demonstram que o aumento da densidade vascular no córtex cerebelar (responsável pela manutenção do equilíbrio, controle do tônus muscular, movimentos voluntários e aprendizagem motora) mantém a integridade cerebrovascular, evitando a diminuição da circulação cerebral, elevando a capilarização e o número de conexões neurais.
Complementando, o exercício físico aumenta a circulação sanguínea cerebral estimulando a liberação de substancias que auxiliam no funcionamento do sistema nervoso central como o BDNF (brain derived neurotrophic factor), um neurotrófico que promove o crescimento neural mantendo as funções cerebrais e melhorando sua plasticidade; em outras palavras, é uma proteína responsável pela estimulação da regeneração neural em diversas áreas cerebrais, que age como um mediador da eficácia sináptica favorecendo a neuroplasticidade.
Esta proteína é responsável pela aprendizagem e é estimulada pelo exercício físico; sua manutenção mantém a função cerebral e sua longevidade.
Próximo artigo, exemplificaremos os tipos de exercícios físicos mais adequados ao portador do Mal de Alzheimer.


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