O Exercício Físico combinado à
música possui diversos benefícios; pode melhorar o ânimo durante as aulas,
produzir relaxamento e bem estar. Porém
o tipo de música é determinante para se obter benefícios ou causar malefícios
fisiológicos.
Hoje
em dia vemos muitas pessoas fazendo atividade física em alto e bom som com seus
fones de ouvido, participando de aulas em academias de ginástica com música
ambiente em ritmo acelerado e alta intensidade sonora. Alguns professores até
acreditam que o volume alto pode aumentar o rendimento do aluno na sessão de
treino, porém o que a influencia é a própria música e o planejamento e
pedagogia do instrutor.
Há espaços em que as salas são até adaptadas
para simular uma discoteca com luzes piscando num ambiente escuro. Tudo isso
pode ser atraente, empolgante; mas devemos ter consciência de alguns riscos e tomar
certos cuidados.
Estar
exposto à música alta faz com que a freqüência cardíaca, respiração e pressão
sanguínea aumentem. A situação do exercício físico já é de stress e normalmente
promove esses mesmos aumentos. Se um idoso cardiopata freqüenta aulas com estas
características sonoras, vai somar todas as características de alteração
fisiológica do combo musica alta/ exercício físico arriscando sua saúde durante
a sessão ou piorando seu quadro clínico, já que a exposição diária a este tipo
de situação/ ambiente pode desenvolver ou piorar doenças crônicas.
A
exposição aguda a diferentes tipos de ruído está associada com a excitação do
sistema nervoso autônomo e sistema endócrino liberando hormônios de stress como
catecolaminas e glicocorticóides, que alteram o equilíbrio do organismo. O
efeito crônico pode aumentar os riscos de doenças cardiovasculares,
dislipidemia, diabetes, além de problemas irreversíveis de audição.
Um
idoso, já predispõe a possuir alterações arteriais como enrijecimento dos
vasos, calcificações, dificuldade de fluxo sanguíneo. Se ele for hipertenso,
estará correndo mais riscos de ter um infarto, isquemia ou AVC ao fazer aulas
em ambiente com músicas aceleradas e em alta intensidade sonora. O risco
aumenta de 7 a 17% a cada 10 decibéis aumentados.
Recomenda-se
não passar de 65 decibéis em salas fechadas de academia, ou ajustar o volume de
modo que não ultrapasse a fala do professor (sem microfone) ou o dialogo entre
as pessoas próximas. Utilizar fones seguros (com selo do Inmetro) e aconselhar
o idoso hipertenso ou não a ouvir musicas lentas e suaves no fim da sessão para
relaxamento e melhora das condições de saúde cardiovascular, respiração,
ansiedade, equilíbrio. Se desejar uma música mais acelerada durante a sessão de
exercício físico, que seja em volume adequado.
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