
As Atividades Físicas indicadas para o
idoso Diabético
No artigo
anterior, descrevemos os efeitos fisiológicos e bioquímicos que o Exercícios
Físico proporciona ao portador de Diabetes.
Qualquer
Atividade Física, seja recreativa, laboral (durante o período de trabalho),
esportiva pode ser realizado pelos diabéticos, porém, deve-se considerar as
particularidades da doença e os limites individuais do praticante.
É recomendado
que um Programa de Atividades Físicas para idosos diabéticos promova os três
pilares necessários para a boa aptidão da saúde: Capacidade Aeróbia,
Flexibilidade e Força Muscular. Todas elas aumentam os receptores que melhoram
a ação e sensibilidade da insulina (GLUT4), descrito no artigo anterior.
Abaixo estão
descritas as especificidades de cada capacidade relacionadas à doença:
-Capacidade Aeróbia – Atividades que
envolvam grandes músculos em baixa/moderada intensidade, por no mínimo trinta
minutos. O instrutor pode prescrevê-los contínuos (em mesma intensidade) ou
variados (mesclando intensidades e dinâmicas) desde que a sensação do diabético
seja de conforto durante a sessão.
A freqüência
recomendada é de no mínimo 3 vezes por semana e não fazer pausas acima de 2 dias. Os
Exercícios Aeróbios promovem melhor circulação sanguínea, diminuindo o risco de
comorbidades relacionadas ao Diabetes; são adequados para reduzir a gordura
corporal prevenindo a resistência a insulina.
Exemplos: caminhada, corrida, ciclismo, natação/hidroginástica.
- Resistência e Força Muscular –
Exercícios resistidos com carga externa ou o peso do próprio corpo. Mínimo de
10 minutos por sessão e 2 vezes por semana para ganho nos níveis de força; mínimo
de 30 minutos e três vezes por semana para ganhos de massa magra.
Carga e
intervalos de acordo com os alvos do instrutor; mínimo de três séries para cada
exercício. Os benefícios são o aumento da densidade muscular, melhorando
captação da glicose pelos músculos. Exemplos: musculação com aparelhos,
pilates, treino funcional.
- Flexibilidade- A hiperglicemia leva a
mudanças nas estruturas de colágeno tornando cartilagens e tendões mais rígidos.
Isto acarreta em quadros clínicos como capsulite adesiva, tendinites, artrites
e artroses (todas ajudadas com o processo de envelhecimento).
Exercícios de
alongamento estáticos ativos e passivos ou dinâmicos podem prevenir e tratar
estas comorbidades. A intensidade deve
ser de acordo com a amplitude de movimento do diabético a freqüência de 2 vezes por semana para
desenvolver a capacidade Flexibilidade (sendo uma sessão mais intensa) e
diariamente alongamentos leves por pelo menos 10’’ cada segmento.
Para
assegurar que os benefícios ocorram, é necessário que educador físico
prescreva, acompanhe e avalie os resultados. O cuidador e o diabético devem ter
seu papel relacionado aos cuidados com alimentação pré e pós sessão,
medicamentos e a estarem atentos às percepções de esforço e sintomas de hiper
ou hipoglicemia, citados nos artigos anteriores.
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