
Entrar na rotina de exercícios
físicos não é tão simples. Temos que tomar devidos cuidados como pré-exames de
aptidão, alimentação e vestuário adequados, escolha do instrutor, local. Enfim,
por muitas vezes, ao avaliar estas etapas como “entraves”, o idoso acaba
partindo para a autoprescrição.
O
aconselhamento é sempre que o idoso e ou/ cuidador tomem os devidos cuidados e
façam atividades planejadas e instruídas, porém a autoprescrição de exercício
não é proibida por lei e as pessoas são livres para usar a piscina e academia
de seus condomínios, por exemplo.
Esse
fato existe e os profissionais de saúde precisam saber lidar na medida do possível.
O único exercício considerado mais seguro para a autoprescrição é a Caminhada,
pois:
- os impactos são menores (para
articulações principalmente)
- mais tolerável a algum problema
cardíaco ou vascular conhecido ou não pelo próprio idoso.
- pode trazer benefícios como:
melhora da circulação do sangue, da eficiência cardiopulmonar, diminuição ou
prevenção da depressão e várias doenças crônicas; porém, estes benefícios não
são tão assegurados quanto uma caminhada instruída por um Educador Físico.
Aconselhamos
então, ter os devidos cuidados na autoprescrição:
- Procure locais com estrutura, boa
movimentação e assistência médica de plantão. Parques, shoppings e clubes podem
possuir espaços para a prática da caminhada. Nestes locais, se ocorrer alguma
queda, problemas de pressão, por exemplo, existem profissionais em segurança e
vigilância que encaminharão o idoso para o posto de saúde do local e, se
preciso, para um posto externo.
- Preste atenção na sua percepção
de esforço; se ficar muito ofegante diminua o ritmo, sente-se em algum lugar e
até suspenda a caminhada.
- Mantenha a postura ereta;
trabalhe pequenos movimentos de braços e preste a atenção na respiração. Bater
papo durante a Caminhada atrapalha este quesito.
- Inicie com ritmo lento e acelere
se achar seguro. Mantenha naturalmente a amplitude dos passos.
- Avalie se o solo é adequado
para seu tipo de caminhada.
- Tenha dinheiro consigo caso
precise comprar algum alimento ou medicamento, por exemplo, ao sentir-se fraco
e com a pressão baixa. Pode-se, dessa forma, evitar desmaios.
- É aconselhável não caminhar com
o estômago vazio (mais de 3 ou 4 horas sem comer) ou estômago muito cheio.
- Mantenha a freqüência de no mínimo 2 vezes por semana, 30
minutos cada. Se for capaz de avaliar-se, conclua se consegue mais ou menos
tempo.
A
autoprescrição pode ser tão perigosa quanto à automedicação, porém ambas
existem e não podemos dar as costas a este fato. Acima pontuamos cuidados
gerais se o idoso tomar essa decisão.
No Artigo da
próxima semana exemplificaremos como seria um Programa de Caminhadas bem
planejado por um Profissional em Educação Física.
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